terça-feira, 24 de julho de 2012

Receita de leitura... "O Bosque dos Pigmeus"

Composição: Alexander Cold e Nadia Santos decidem acompanhar a avó Kate numa das suas viagens  para a revista International Geographic. Não é todos os dias que aparece a oportunidade de fazer um safari em África. Quando chega o momento de abandonar o continente africano, estando a avó Kate e os netos a preparar-se para embarcar no avião que os levaria até ao aeroporto, encontram um missionário espanhol que lhes pede ajuda para procurar dois amigos que estão numa aldeia no meio da selva e dos quais já não notícias há meses. O grupo decide então ajudar o padre espanhol e viaja rumo a Ngoubé; na aterragem na floresta, o avião fica danificado e não têm alternativa senão esperar que alguém os ajude a sair dali. Foi quando se depararam com um bosque habitado por pigmeus. Continuaram em busca dos dois missionários desaparecidos e instalaram-se numa aldeia onde o rei Kosongo explorava pigmeus para enriquecer com o contrabando de escravos.

Indicações: Este livro foi escrito especialmente, para um público jovem, apesar de ser um livro muito interessante para qualquer adulto que goste de ler um bom livro de aventuras, peripécias e surpresas. Este livro também é muito bom no que diz respeito ao apelo à amizade, à união, à solidariedade e ao respeito pelo outro. Se gosta de sentir as emoções através daquilo que o autor escreve e se gosta de “fazer parte das personagens” em histórias empolgantes como esta, apresento-lhe o livro à sua “medida”.
Precauções: A história deste livro tem a fantástica capacidade de ficar na mente de qualquer leitor e a maneira como o autor descreve cada acontecimento faz qualquer pessoa viver intensamente esta história. A emoção e o espírito de aventura presentes nesta história fazem com que o leitor sinta como seu cada um desses momentos. Durante toda a leitura deste livro são poucas as precauções que são necessárias tomar, pois é acessivel a todos e não tem episódios que possam ferir ou marcar a sensibilidade de cada um.
Posologia: Esta obra pode ser tomada em variadas doses dependo principalmente da opinião e do gosto pela leitura de cada indivíduo. Sendo um livro direcionado a um público jovem, não tem episódios traumatizantes, podendo assim ser lido de uma só vez, se nisso fizer gosto o leitor. Num livro como este, cheio de peripécias, aventuras e surpresas, às vezes é complicada a leitura pausada da história porque nos deixa sempre curiosos sobre o que poderá acontecer em seguida.
Dose de leitura: “Os festejos começaram por volta das cinco da tarde, quando o calor diminuiu um pouco. Entre a população   de Ngoubé reinava um clima de grande tensão. A mãe de Nzé tinha posto a correr entre os bantos que Nana-Asante, a rainha legítima, chorada pelo seu povo, estava viva. Espalhou também que os estrangeiros pensavam ajudar a rainha e recuperar o trono e que essa seria a única oportunidade que teria para se livrarem de Kosongo e de Mbembelé. Até quando iriam permitir que recrutassem os seus filhos para os transformar em assassinos? Viviam vigiados e sem liberdade para se moverem ou pensarem, cada vez mais pobres. Kosongo levava tudo o que produziam; enquanto ele acumulava ouro, diamantes e marfim, a restante população não dispunha nem de vacinas. A mulher falou discretamente com as filhas, estas com as amigas e, em menos de uma hora, a maior parte dos adultos partilhavam a mesma inquietação. Não se atreveram a contar com a participação dos guardas, mesmo que estes fossem membros das suas próprias familías, porque não sabiam como iriam reagir. Mbembelé fizera-lhes uma lavagem ao cérebro e mantinha-os dominado.” 
Paulo Faria, 11.º A

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