terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A música atual - um olhar crítico (continuação)

The Heretic Anthem


“The Heretic Anthem” dos Slipknot tem uma mensagem muito forte em relação à indústria musical de hoje em dia. Esta é uma música que toma uma posição agressiva em relação a este assunto, perceptível pelo tom de voz empregue; além disso, a sonoridade pesada, com utilização de sons graves, em muito contribui para agudizar esta agressividade.
Podemos perceber ao longo da música que esta se torna uma luta pessoal não só contra os estereótipos musicais, mas também contra a falsa imagem que os artistas de hoje em dia tentam passar ao público de maneira a que sejam mais populares.
No primeiro verso da música, “I'm a pop star threat and I'm not dead yet”, a banda afirma-se como uma ameaça às pop stars, uma voz resistente que ainda não foi calada, nem censurada por ninguém. Também se refere à própria banda como um tiro para a indústria musical, como podemos ver no verso “an idolized bang for the industry killer” –  as editoras musicais são como assassinos, pois não dão oportunidades a bandas com estilos menos comerciais como o heavy metal.
O refrão tem apenas dois versos distintos: “if you're 555, then I'm 666” e “what’s it like to be a heretic?Com o primeiro, os membros da banda querem mostrar que estão num nível acima das capacidades das pessoas comuns; comparam-se ao diabo através da referência ao numeral 666, ironizando um dos estereótipos do seu género musical que é a assiciação a satanás e a rituais satânicos. O segundo é uma pergunta que a banda faz a ela própria,“qual é a sensação de ser um herege?”, demostrando uma vez mais que são diferentes e que têm uma mentalidade diferente da da sociedade atual.
A segunda estrofe contém uma crítica direta a esta sociedade preconceituosa; “Everybody defamates from miles away / but face to face / they haven’t got a thing to say” são versos que mostram como as pessoas julgam sem tentarem perceber a razão de toda esta agressividade.
Ao longo da música existem também referências às falsas vidas que as pop stars tentam dar a entender que têm. Apesar de a crítica ser direcionada para a indústria musical, poder-se-á também estender a todas as pessoas que tentam mostrar mais do que na realidade são.
Após leitura da letra e de uma audição mais cuidadas, percebi a força que a música tem, não só para passar mensagens, mas também para conduzir à tomada de posições.
                                                                       Francisco Monteiro, 11.º A

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