quarta-feira, 25 de julho de 2012

“Filhote de tecnologias não cai em iliteracias” chegou ao fim. Deveras?

“Filhote de tecnologias não cai em iliteracias” chegou ao fim. Deveras? Não temos a certeza. Passamos a explicar: o projeto que esta equipa apresentou e que mereceu o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian termina com a apresentação do relatório final, mas os excelentes resultados alcançados, o melhor impacto que teve junto da comunidade, as metodologias de sucesso, levam-nos a manter os pressupostos do trabalho e a investir na continuidade do desenvolvimento das atividades inscritas, apostando no reforço dos objetivos traçados e no aperfeiçoamento dos procedimentos estabelecidos. Como já referimos no Relatório de Progresso, a equipa responsável sente-se orgulhosa do trabalho realizado. Não nos ocorre melhor avaliação do que sentir que devemos continuar a trabalhar trilhando este caminho para onde fomos levados, fruto do desejo de o percorrer, como bem nos elucida um sábio talmude babilónico. Sabemos, e esperamos, que seja uma senda repleta de desafios, estímulos de vencedores, pois “o caminho com menos obstáculos é o caminho do perdedor” (Henry Wells).
Aproveitamos a ocasião para agradecer à Fundação Calouste Gulbenkian pela aprovação e financiamento deste projeto, que tornou possível um sonho antigo da Comunidade Escolar de Maceira: unir numa teia forte, bela e eficaz, as novas tecnologias da informação e comunicação e o livro… sempre em papel!
O cheiro de cada página, o toque de cada letra, o som de cada sílaba, o sabor de cada palavra e o deleite de cada vislumbrar da sua composição, associados à aranha que tece a magnífica teia digital, fizeram de cada momento de concretização deste projeto uma ocasião sublime!
As professoras bibliotecárias, Diana Oliveira e Helena Silva

Sugestão da semana "O Anjo que queria pecar"

"O Anjo que queria pecar" é um livro de Francisco Salgueiro.


"Todas as cartas de amor são ridículas. Mas há cartas que marcam para sempre. A maldição da Boca do Inferno, o segredo de um lugar místico escondido durante décadas pelo homem mais preverso do mundo, é finalmente revelada no livro mais enigmático do ano: O ANJO QUE QUERIA PECAR."


Francisco Salgueiro nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciado em Comunicação Empresarial, é sócio de uma empresa de marketing digital, Wibii Marketing Tailors. Publicou dez livros, dos quais se destacam Homens Há Muitos, A Praia da saudade e o bestseller O Fim da Inocência.

Trailer do livro "Enquanto Salazar dormia..."


Trailer realizado por Ana Baptista, André Silva e Mariana Ramos, 11.º A 

Trailer do livro "Bem Me Quer, Mal Me Quer"


Trailer realizado por Juliana Matias, Sofia Silva e Vânia Silva, 11.º A

Trailer do livro "Calígula"


Trailer realizado por Francisco Monteiro, Pedro Filipe e Valter Santos, 11.ºA

Trailer do livro "Berta, a grande"





Trailer realizado por Filipa Falcão e  Joana Serrano, 11.º A

Trailer do livro "O vendedor de passados"


Trailer realizado por Marco Cordeiro, Miguel Gabriel e Pedro Barbeiro,11.ºA

Trailer do livro "Nós e a ciência - Clonagem e células estaminais"



Trailer realizado por Bruna Gabriel e Filipa Matias, 11.º A


Trailer do livro "Nós e a ciência - Forças da natureza"






Trailer realizado por Jéssica Faria e Jéssica Salgueiro, 11.º A

Trailer do livro "Nós e a ciência - Recursos naturais"


Trailer realizado por Mariana Ramos e Valter Santos

Trailer do livro "Nós e a ciência - Investigação médica"


Trailer realizado por Filipa Falcão e Joana Serrano, 11.º A

terça-feira, 24 de julho de 2012

Trailer do livro "Nós e a ciência - Alterações climáticas"


Trailer realizado por Paulo Faria e Pedro Silva

Trailer do livro " Nós e a ciência - A origem da vida"


Trailer realizado por Francisco Monteiro e João Ramos

Trailer do livro "Nós e a ciência - A origem do ser humano"


Trailer realizado por Juliana Matias e Sofia Silva, 11.º A

Trailer do livro "Nós e a ciência - Revolução genética"


 Trailer realizado por Tatiana Gomes e Vânia Silva

Trailer do livro "Nós e a ciência - Universo sem fim final


Trailer realizado por Ana Patrícia e João amado, 11.º A

Trailer do livro "Nós e a Ciência - A formação da Terra"



Trailer realizado pelos alunos Pedro Barbeiro e Tiago Santos, 11.º A

Trailer do livro "Nós e a ciência - A evolução das espécies"


Trailer realizado por André Silva, 11.º A

Filosofia para/com crianças

Lança-se o novelo… agarra-se bem, dando uma volta no pulso, e volta-se a lançar. Atenção que a linha deve sempre cruzar para que no final se atinja o objetivo ainda desconhecido pelos alunos. Assim é o jogo da rede, do novelo, da teia… Múltiplas designações para um jogo pleno de potencialidades.
Depois de muitos atos de atirar, enrolar, partilhar… Sim, partilhar com os outros quem somos, o que somos e o que gostaríamos de ser (?), eis-nos chegados a uma bela rede/teia… E se agora cada um de nós resolver ir para um lado diferente? Óbvio e inevitável: a linha parte, destruindo-se a rede. Voltemos atrás… Óbvio e inevitável… Se não nos unirmos e trabalharmos todos para o mesmo objetivo deitamos por terra toda e qualquer possibilidade de atingir um objetivo comum… Óbvio e inevitável… Não será uma turma um grupo que trabalha em rede/teia? Então, porque insistimos por vezes em não ver o óbvio e inevitável?
Num mundo cada vez mais individualizado e individualizador, colocámos na filosofia uma grande responsabilidade: a de contribuir para a construção de uma rede/teia de indivíduos não isolados, mas sim em plena partilha. Partilha de quê? Experiências, boas e más, agradáveis e desagradáveis, ou não fosse a filosofia uma amiga do saborear…
Troca de conhecimentos, valores… Pois filosofar é também amar o saber…
E é então momento de levar - depois do 1.º CEB e da árvore generosa, da Pré e da Ana com o seu Pintinha - espanto, questionar, reflexão, absurdo, lógica, sentido, existência… ao 9.º ano. Filosofia para/com jovens… porque… Pensar…Um defeito ou uma virtude ao serviço do Homem? Sempre uma virtude, mas que não chega! É necessário agir! Isolada, a demanda do saber é estéril. Urge atuar no mundo, modificar. Como? Por exemplo, denunciando violações dos direitos humanos, assinando petições, fazendo voluntariado… através do diálogo intercultural, da promoção de valores universais e de uma efetiva tolerância… Assim será possível a paz, desejo imortalizado no Imagine de John Lennon, com particular urgência de concretização.
Terminámos cada sessão com uma dúvida: contribuímos para a sede de saber? E a fome de ação? A avaliar pelas redes/teias que julgamos ter criado, pelas questões levantadas, as respostas propostas… Esperamos que sim, porque…
“Filosofar não é atingir uma unanimidade ociosa, mas fazer jorrar os problemas, sublinhar os antagonismos, desmascarar as ruturas; filosofar é encontrar-se mais à vontade na inquietude ou no espanto, do que na morna segurança dos saberes estabelecidos.”
(C. Delacampagne e C. Maggiori).

A equipa filosófica da escola sede

Receita de leitura... "O Pacto"

Composição
Há 18 anos que os Harte e os Gold vivem lado a lado. As duas famílias são muito amigas, por isso o namoro dos dois adolescentes, Chris Harte e Emily Gold, não foi surpresa para ninguém. Quando os pais dos jovens recebem um telefonema do hospital, não fazem ideia da gravidade da situação: Emily está morta, com um tiro na cabeça, e Chris está ferido. Os dois foram encontrados juntos, o que leva a polícia a acusar Chris de homicídio. Este afirma que os jovens tinham um pacto de suicídio, mas, ao longo do livro, apercebemo-nos das suas verdadeiras intenções naquela noite. A autora vai-nos apresentando também o passado dos dois adolescentes. Nestas retrospeções, descobrimos os verdadeiros sentimentos que Emily tem por Chris e os acontecimentos que viveu, sem nunca deixar escapar o menor indício a ninguém.

Indicações
Este livro é indicado a pessoas que gostem de livros que apelam aos nossos sentimentos, pois as sensações de cada personagem são tão fortemente expressas que muitas vezes nós próprios as sentimos. Para quem acha que é imune ao choro, este livro pode ser um desafio à altura de qualquer campeão. A dificuldade deste desafio é semelhante à dificuldade de descascar cebolas sem chorar.

Precauções
Como a autora nos consegue envolver com a história? Fazendo-nos sentir o que as personagens estão a sentir, por isso é indicado ter, pelo menos, uma caixa de lenços e uma garrafa de água, para limpar as lágrimas e manter-nos hidratados. Ao longo da história, apercebemo-nos que Emily esconde os seus verdadeiros sentimentos, tal como quando, por exemplo, subitamente descobrimos que ela foi violada, o que pode levar o leitor a pôr em causa o que as outras pessoas nos transmitem, como a felicidade que mascara uma profunda dor emocional, ou, nos piores casos, conduz à paranoia. Se mostrar sinais da última, é aconselhável a paragem da leitura e visitar um psicólogo.
 
Posologia
Devido à alienação que o livro nos causa devido à descrição de várias situações e locais, como a prisão onde Chris aguarda julgamento, é aconselhável que o leitor efetue paragens frequentes para que a sua perceção da realidade não seja alterada. A mesma dose é recomendada para quem se comove facilmente, pois as situações vividas pelas personagens, tal como a perda de uma filha, são propícias a dores emocionais muito fortes.

Dose de leitura

                “- O que te incomoda mais?
                Chris ficou em silêncio. Não era o facto de não acreditarem na sua palavra; se a situação se invertesse, também ele terias as suas dúvidas. Nem sequer era por todos naquela maldita escola o tratarem como se lhe tivessem crescido seis cabeças de um dia para o outro. Era por, depois de o terem visto com Emily, poderem acreditar que seria capaz de magoá-la voluntariamente.
                - Eu amava-a – disse ele numa voz entrecortada – Não consigo esquecer-me disso. Por isso não percebo como as outras pessoas conseguem.”

Francisco Monteiro, 11.º A

Tertúlia literária

No passado dia 8 de junho, os alunos do 11.º A apresentaram, perante uma exigente audiência composta por professores, pais, familiares e amigos, os trabalhos realizados neste ano letivo para as disciplinas de Filosofia e Português no âmbito do projeto “Filhote de tecnologias não cai em iliteracias”.
Num cenário irreverentemente literário, da autoria da professora Solange Santos, os alunos mostraram 6 trailers dos livros lidos e 3 caixas de memória de outros tantos livros. A todos os presentes foi ainda oferecida uma “Receita de leitura”. Foi uma noite esplêndida que ficará certamente na memória de todos.
“Agradece-se o profissionalismo dos docentes envolvidos no Projeto, que tem permitido realizações desta envergadura.
Reconhecendo o trabalho e o empenhamento dos alunos, a eles dirijo as minhas últimas palavras: sei que não é fácil apresentarmos o nosso trabalho publicamente, expostos a uma assembleia – mas acreditem que é uma competência que deverão valorizar e que é essencial utilizar nesta sociedade do “conhecimento”. Por outro lado, queria tranquilizar-vos e lembrar que estão numa reunião familiar, de amigos, que vos querem ver a CRESCER em todos os sentidos e que são testemunhas desse crescimento, que se deve fazer de forma gradual mas sólida.
O Agrupamento de Escolas de Maceira acarinha todos os seus alunos e deseja que estes concretizem o seu percurso escolar até ao 12.º ano nesta realidade educativa. Por isso, é com todo o respeito e com o maior carinho que todos aqui reunidos compreenderemos o vosso trabalho, valorizando o vosso esforço individual e coletivo. Gostaríamos que dessem eco positivo das vivências e da imagem da Escola na COMUNIDADE.
A todos um bem-haja e muito obrigada!”
Prof.ª Helena Santos

Receita de leitura "Lágrimas do Dafur"

Composição
“Lágrimas do Darfur” é o relato verídico de Halima Bashir, uma criança feliz e despreocupada, nascida no seio de uma família abastada da tribo Zaghawa, cujo sonho era tornar-se médica, objetivo alcançado aos 24 anos. No exercício da profissão, viu-se embrenhada na experiência mais marcante da sua vida: o terror da guerra no Oeste do Sudão. A escola da aldeia onde trabalhava foi atacada, e as crianças, muitas excisadas tal como Halima, foram selvaticamente violadas e a médica impedida de ajudar o seu povo.
Este livro é mais do que uma história, é um relato de uma vida de horrores, de infortúnios, de abusos. É um salto para uma cultura bem diferente da nossa, onde impera o totalitarismo, o racismo e a discriminação, uma acumulação de consequências que faz lembrar uma bola de neve cada vez maior e mais incontrolável, onde se perde o sentido da dignidade, do respeito, até o significado de pessoa. É ainda um mergulho na realidade do que há de mais belo e mais nobre na pessoa humana, as duas dimensões dão-nos uma visão mais profunda e completa da realidade, despertando a nossa consciência cívica. A obra é um grito de alerta que visa evitar o esquecimento de um dos maiores dramas do século XXI.
Indicações
Este livro é indicado para quem se preocupa com causas cívicas: os direitos humanos, o amor ao próximo, a justiça, a (des)igualdade. Recomenda-se igualmente a quem goste de histórias verídicas intensas, perturbadoras, que dão conta de conflitos absurdos e conduzem o leitor a um crescimento consciente e responsável enquanto pessoa e cidadão de um mundocada vez mais global.

Precauções
A narração do conflito, na primeira pessoa, que, injustamente, envolve o seu povo, a sua família, o seu eu, constitui uma história empolgante, ainda que feita
de dor, desespero, desejo de morte e frustração. É por isso saudável partilhar a leitura.
Atenção! Em caso de angústia, tristeza, impotência, choro, sensibilidade, aconselha-se que reduza a leitura para 5 páginas por dia. Caso os sintomas persistam, não retome a leitura, partilhe o sofrimento com outros ou consulte um bibliotecário que lhe indique outra obra.

Posologia
É conveniente dedicar todos os dias um pouco de tempo à leitura, a toma pode ser de um capítulo diário. Dada a enorme intensidade de dor, desespero, frustração e revolta, pode ocorrer uma necessidade premente e compulsiva de ler e clamar ao mundo que não podemos permanecer indiferentes perante tamanho genocídio: campos semeados de mortos, crianças violadas, aldeias inteiras incendiadas... uma incompreensível barbárie no séc. XXI.

Nota:
Em leitores com problemas de baixa acuidade visual, não deve ultrapassar-se a leitura diária de seis páginas.

Outras indicações
Se gostou desta amostra poderá, igualmente, ler “Vendidas”, “ Divorciada aos 10 anos”, “Sultana ,a vida da princesa árabe” “Queimada viva”...

Dose de leitura
                A Sumiah fez uma pausa e o seu rosto ensombrou-se ao reviver tudo aquilo (...)
- Os Janjaweed traziam armas, facas, paus pesados... que usavam para bater nos cavalos. Quando uma rapariga tentava resistir, batiam-lhe com esses paus...
                Olhou para mim. – Gritavam e berravam connosco. Sabe o que diziam? “Estamos aqui para as matar! Para acabar com vocês todas! Escravas negras! São piores que cães! Ou  as matamos ou fazemos-lhes filhos árabes. Depois deixa de haver escravos negros neste país. Mas sabe o pior? O pior era que se riam e guinchavam de alegria, enquanto se entregavam aqueles atos horríveis”. Homens a divertir-se passando as raparigas de uns para os outros..
“Na confusão, uma ou duas raparigas conseguiram escapar. Correram para casa e deram o alarme mas quando os pais se precipitaram para a escola, deram com ela cercada por um cordão de soldados do governo que não deixavam ninguém entrar. Os soldados atiravam sobre quem ousasse aproximar-se os pais ouviam as filhas aos gritos, mas não tinham maneira de lhes acudir.
Tomaram a escola durante horas (...) as raparigas que tentassem resistir eram agredidas (...).”
- Antes de se irem embora, cuspiram-nos e urinaram em cima de nós – murmurou Sumiha. – Disseram:” Vamos deixá-las com vida para poderem contar aos vossos pais e irmãos o que lhes fizemos. Digam-lhes da nossa parte: se ficarem, há de acontecer a todos o mesmo e pior ainda. Da próxima vez, não teremos contemplações. Saiam desta terra. O Sudão é para os Árabes. Não é para cães e escravos negros.”
Fiquei no centro de saúde até altas horas da noite,  obcecada por pensamentos medonhos.

Excerto de Lágrimas do Darfur de Halima Bashir e Damien Lewis
Filipa Falcão, 11.º A

Receita de leitura... "A Papisa Joana"

Composição: Criança com uma inteligência fora do comum, Joana conquistou o seu caminho na vida lutando corajosamente até mesmo contra o seu próprio pai. Numa época em que a instrução era vedada às mulheres, que não podiam frequentar a escola, esta jovem cedo começou a procurar o saber, a tirar as suas dúvidas e a tentar aprender sempre mais. Após a fuga de casa e de conseguir ingressar numa catedral-escola, onde supera em inteligência todos os outros alunos, Joana apaixona-se por Geraldo. Geraldo é um cavaleiro ruivo, casado e com duas filhas, com cerca de mais dez anos que Joana, mas um homem com uma grande corpulência, corajoso e bravo. Joana cresce e, para tentar ingressar no único local onde se sentia feliz e sem ser discriminada por ser mulher, disfarça-se de homem, adotando então o nome João Anglicus. Já disfarçada, ingressa na Ordem de Fulda (ordem secreta só de monges e de homens com grande relevo na sociedade da altura) e, pelos seus feitos na cura de doenças e outros males, é enviada a Roma para curar o Papa. Depois de ajudar a salvar e a reforçar a supremacia do Papa contra o Imperador, o Papa falece e João Anglicus é nomeado para o cargo. Uma mulher Papa! Nunca pensado!  E apenas três pessoas sabem do seu disfarce; Arn, Arnalda e Geraldo. O Papa João Anglicus lutou pelo poder do povo, pela melhoria de qualidade de vida da população e pelos direitos das mulheres. Por egoísmo de Anastácio, concorrente ao Papado mas posto de lado pelo aparecimento de  Joana, e num desfecho trágico e romântico, Geraldo é assassinado e no momento da sua morte e pela ligação a Joana, esta morre também.
Indicações: Aconselho vivamente a leitura deste livro fantástico a pessoas que de um bom romance consigam tirar prazer na leitura. Romance, sofrimento, esperança, dor, força, desespero, são alguns sentimentos que me despertou este livro espetacular, entre outros sentimentos e sensações que nele estão presentes mais subtilmente. Para um leitor que aprecia um bom enredo com amor, guerra e ação, este livro é simplesmente perfeito. Irá cativar a passagem por cada página, irá prender o leitor de maneira que acaba de ler uma página e irá ter a necessidade de ler a próxima. Este é também um livro que instrui e que ajuda a  perceber que o mundo nem sempre foi o que é hoje. Um mundo em que era preciso sacrificar corpo e alma para ter sucesso e para conseguir seguir na vida. A luta pelos objetivos é o principal ponto deste livro, na minha opinião. Se quer ser um lutador e enfrentar a vida para ser bem-sucedido, leia este livro e perceba que isso é possível!
Precauções:  Este livro não é aconselhado a “cardíacos” pois momentos de perigo, lutas e momentos de ação, como um genocídio numa igreja repleta de inocentes ou julgamentos horríveis, estão presentes quando menos se espera. A leitura deste livro poderá deixar sequelas para a vida e medos inevitáveis dos sentimentos que esta leitura vai despertar. Pessoas sensíveis poderão ter dificuldades em chegar ao fim do livro pelo amontoado de peripécias e de horrores que despertariam o medo no homem mais forte do mundo, um livro em que normandos violadores de crianças, assassinos, e outros guerreiros tremendos irão entrar pela cabeça do leitor e imprimir-lhes imagens terríveis e assustadoras.
Posologia: Para o leitor ter a perceção da dimensão da história sem se prender excessivamente ao livro e a tudo o que este tem implícito, aconselho a leitura de uma hora diariamente. Na minha opinião, a leitura deste livro deve ser feita de preferência num espaço isolado para que nada interfira e disturbe a concentração, com uma música, de preferência ligeira e calma. O relaxamento é essencial para a leitura de um livro apaixonante e algo assustador como este.
Dose de leitura: Joana saiu da escuridão silenciosa da caverna para a noite cheia de luar. Cingindo ao corpo o manto áspero cânhamo cinzento, avançou na sombra, procurando na paisagem alterada a entrada para o caminho da floresta. Olhou para trás, pensou na sua cama confortável, nos cobertores provavelmente ainda mornos do calor do seu corpo. Pensou na mamã, de quem nem sequer se tinha despedido. Deu um passo no sentido de casa, depois parou. Tudo o que lhe interessava, tudo quanto ela queria, estava na direção oposta. E entrou na floresta.     
A lança cortou o ar com a sua ponta de metal brilhando ao sol e caiu na água, perto da mandíbula do dragão.
                No navio, ouviu-se uma explosão de risos. Os normandos insultavam-nos na sua língua áspera. Dois deles levantaram no ar uma trouxa dourada para se divertirem. Só que não era uma trouxa: era uma mulher que pendia no meio deles, inanimada, uma mulher de cabelo castanho.
- Gisla! – Gritou Geraldo, desesperado, ao reconhecê-la.         (…)
                Os seus olhos caíram num normando morto. Saltou do cavalo, pegou no machado de cabo comprido que o morto ainda tinha na mão e começou a golpear o cadáver. O corpo mutilado saltava a cada golpe. O elmo dourado partiu-se, mostrando o rosto imberbe de um rapazinho, mas Geraldo continuava a golpear, levantando o machado uma e outra vez. O sangue espirrava por todos os lados, manchando as suas vestes.


Valter Santos Nº 26 11º A

Receita de leitura... "Memórias das minhas putas tristes"

A obra “Memória das minhas putas tristes” do escritor Gabriel García Marquez, conta-nos uma peculiar história de um homem que decide oferecer a si mesmo um presente no seu nonagésimo aniversário: uma noite de amor louco com uma rapariga virgem. Durante toda a sua vida, este homem solitário, solteiro, escritor eventual de críticas musicais e cronista semanal do Jornal no qual trabalha há décadas, habituara-se à solidão e ao frequente sexo com prostitutas. O relacionamento, ainda que puramente sexual, que conseguiu manter durante mais tempo foi com a empregada que ainda na altura dos seus noventa anos continuava a limpar a sua casa. Nunca, até então, soube o que era o amor, segundo ele, devido ao sexo, que na sua vida sempre substituiu o amor. Na noite do seu aniversário, como a menina virgem dormia e ele não teve a coragem de a acordar, não existiu sexo e sem ele houve espaço para o assomo de um sentimento singelo, puro e honesto, sem qualquer espécie de despudor - houve espaço para amar. Assim, este solitário, aos 90 anos, descobre o que é estar apaixonado.



Indicações:
Recomendo este livro devido à imensa qualidade de escrita do autor que, através de uma linguagem clara e simples, torna a leitura fluida e, acima de tudo, fácil. O facto deste autor ter ganho um prémio Nobel reforça e prova toda a qualidade deste livro e do estilo do autor visto que apenas os melhores são distinguidos. Outra razão para eu recomendar a leitura desta obra é a sua história que transmite uma lição de vida ao leitor, ensinando-lhe que não devemos substituir ou negar sentimentos tão nobres como o amor, preferindo, por exemplo, o sexo. Ensina-lhe também que nunca é tarde para amar.  

Precauções:
Todos os que tomarem a corajosa decisão de ler este livro, tenham em conta que o principal ingrediente utilizado na sua produção (personagem principal) pode fazer com que o consumidor se sinta repugnado e chocado inicialmente, podendo até sentir repulsa, preconceito e mesmo dúvida sobre a sanidade mental do mesmo. Este sentimento pode variar de forma significativa ao longo do tempo de incontrolável consumo do produto, transformando-se em compaixão e possivelmente piedade, sentimentos desencadeados pela situação da personagem principal que durante os seus noventa anos de vida nunca soube o que era amar. O consumo deste produto pode também provocar efeitos secundários como a compulsiva vontade de se desprender de todos os preconceitos da mente e, mais tarde, um sentimento inabalável de revigoramento.

Posologia:
É pouco aconselhável que pessoas sensíveis leiam este livro visto que apresenta ao leitor uma perspetiva demasiado crua, tanto da realidade como das relações amorosas e, por isso, se dá, normalmente, um choque entre as duas realidades, a do leitor e a da personagem principal do livro. Todos os que não respeitarem os requisitos mínimos de sensibilidade poderão sofrer dos sintomas acima descritos.

Dose de Leitura:
                “O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança”

Tiago Santos, 11.º A

Receita de leitura... "Chocolate"

Composição
Vianne e Anouk chegam a Lansquenet-sur-Tannes, apaixonando-se pelo encanto e pela magia da pequena aldeia junto ao rio, pelo que resolvem estabelecer-se e montar um negócio, uma chocolataria, pondo um ponto final numa longa vida de viagens.
As duas não foram bem recebidas pelos habitantes da aldeia, pois estes eram muito conservadores e obedientes à tirania do padre da aldeia, Reynaud. Apesar da ostracização, vianne e Anouk continuaram com a sua vida e cativaram alguns moradores, como Armande e Josephine…
A chegada destas novas moradoras veio trazer algumas mudanças à aldeia, pois a sua maneira de viver e a sua alegria imprimiram uma nova força de vontade aos seus habitantes, que sempre tinham vivido dependentes das crenças e dos desejos do padre, a quem todos temiam.
Vianne vai tendo cada vez mais clientes e resolve organizar um festival de chocolate na época da Páscoa.
A espontaneidade e a independência de Vianne cada vez mais afetava o padre, ao ponto de este achar que ela era uma má influência para os seus paroquianos, pelo que desejava que ela abandonasse a aldeia para poder ter, novamente, autoridade sobre todos.
Vianne ajudou Armande e Josephine a resolverem os seus problemas: o primeiro recuperou a relação com o neto e a segunda, Josephine, vítima de maus tratos pelo marido, fugiu e aprendeu a defender-se. Esta intervenção de Vianne afrontou o padre Reynaud. Há ainda um grupo de ciganos que costumava acampar pelas redondezas, mas o seu modo de vida não é aceite pela aldeia. Vianne vai aproximar-se desta comunidade e conquistar novas amizades, o que provoca ainda mais o distanciar dos habitantes e o ódio de Reynaud. Assim, o desenrolar da história vai envolvendo Josephine, Armande, Roux, Vianne e Reynaud.

Indicações
Aconselho os leitores a abastecerem a sua despensa de chocolate antes de iniciarem a leitura.
Este é um livro de leitura simples e deliciosa, que nos faz esquecer e pensar em pequenos detalhes da vida que por vezes não aproveitamos ou a que não damos o devido valor. É um livro recomendado a todas as pessoas que gostem de histórias doces - é apaixonante. A história das personagens prende do início ao fim. É recheado de descrições - “Os aromas da essência de baunilha e conhaque e de maçã caramelizada e chocolate amargo enchem a casa”, fazendo assim trabalhar a imaginação, recriando as personagens, os cheiros e os sabores de todos os doces enumerados. É um livro que apela aos sentimentos e demonstra amor, coragem e persistência.
Precauções
Com a leitura deste livro pode ficar com água na boca e deve evitar a ingestão de doces e chocolates (calorias), pois pode engordar uns quilinhos ou até ficar com diabetes. Estas consequências podem condicionar a sua vida e remetê-lo à dependência de medicamentos e de tratamentos.
Controle as lágrimas e o choro com o romance que existirá no ar e caso fique inconsolável e desapontada com os maus tratos que haverá entre algumas personagens, deixe-se levar pela revolta.

Posologia
Recomenda-se a toma deste livro depois das refeições, pois nesta altura já não terá fome e assim não será capaz de comer doces em excesso. A leitura deste livro não deverá tornar-se um aspeto negativo para a sua saúde, mas um novo conhecimento e amante. Deverá ler pouco de cada vez, para apreciar cada capítulo deste livro. Deve-se ler cada capítulo com entusiasmo, paixão e doçura. Cada palavra deve ser pronunciada com carinho e com a doçura de um bolo.

Dose de leitura
“Querida Vianne:
Obrigada por tudo. Sei como se deve sentir. Converse com Guillaume se quiser – ele compreende melhor do que ninguém. Lamento não poder assistir ao seu festival mas já o vi tantas vezes na minha mente que realmente não importa. Dê um beijinho à Anouk por mim e entregue-lhe umas moedas – a outra é para quem vier a seguir, suponho que nos entendemos.
Estou cansada e sinto uma mudança no vento que se aproxima. Acho que me vai fazer bem dormir. E, quem sabe, talvez um dia nos voltemos a encontrar.
Um abraço, Armande Voizin.
P.S. Não se preocupem em ir ao funeral, nenhum de vocês. É a festa de Caro e suponho que ela tem o direito a isso, já que é o tipo de coisa de que ela gosta. Convide antes os seus amigos para irem até LA PRALINE e tomem chocolate quente. Gosto muito de vocês. A.”
Tatiana Gomes, 11.º A

Receita de leitura..."O reino do dragão de ouro"

Resumo:
Este livro faz parte de uma coleção intitulada “As aventuras da águia e do jaguar”, constituída por três volumes. Neste livro, Kate Cold é convidada para mais uma viagem da revista sta International Geographic com destino ao misterioso Reino do Dragão de Ouro, na cordilheira dos Himalaias, onde se encontra uma estátua que tem o poder de prever o futuro. O neto de Kate, Alexander Cold, vai acompanhar a avó, assim como dois fotógrafos da revista, a jovem Nadia Santos e o seu macaquinho Borobá.
Uma vez que o Reino do Dragão de Ouro não possui um aeroporto, o grupo segue para Nova Deli onde fica alguns dias. É nesta cidade que conhecem Judit Kinski, uma arquiteta paisagista convidada pelo Rei a conhecer o seu país para aí criar alguns parques para o povo. Esta senhora explicou a Kate e aos outros que só se pode entrar no Reino do Dragão de Ouro com um convite do rei. Quando finalmente chegam ao Reino do Dragão de Ouro, todos ficam maravilhados com a beleza da paisagem e com a simpatia das pessoas. O grupo é convidado a dirigir-se ao palácio onde conhece o Rei. A natureza no Reino do Dragão de Ouro encontra-se muito bem preservada, podendo encontrar-se vários animais que não existem em nenhum outro local do mundo; é por estarem ocupados a fotografar alguns desses animais que os fotógrafos não tomam conhecimento do acontecimento terrível que afectou o país. Um grupo de nómadas, a Seita do Escorpião, raptou várias jovens durante a realização de uma festa, desconhecendo no entanto que uma das jovens é Nadia e que Jaguar, Alexander Cold, irá fazer tudo para encontrar a sua amiga. É graças à ajuda do seu fiel amigo Borobá, e à sua capacidade de invisibilidade , que Nadia consegue escapar aos homens azuis, ficando contudo ferida com gravidade. O lama Tensing e o jovem Dil Bahadur encontram a jovem a quem curam graças aos seus conhecimentos e ao poder da mente do lama. Também Jaguar encontra a sua amiga que, após recuperar dos ferimentos, lhe conta o que aconteceu. O grupo decide fazer o impossível para salvar as jovens raptadas, no entanto Alex pensa que o rapto não passa de uma manobra de distração para desviar as atenções dos guardas do palácio para roubarem a estátua.

Indicações:
 Um livro de aventura extrema, que nem dá tempo para repousar; mal se abre a primeira página do livro, o leitor fica colado ao texto de tal forma que se começa a imaginar dentro do livro a viver todas a aventuras das personagens, quer seja das aventuras do lama Tesing e de Dil Bahadur ou do grupo de Kate, Alex e Nadia. Lê-se muito bem e depressa, pois ficamos desde oinício agarrados à fabulosa história que Isabel Allende tem para nos contar.

Precauções:

Antes de começar a ler o livro, faça tudo o que estiver a pensar fazer, como por exemplo usar a casa de banho, porque depois de começar a ler vai perder a noção da realidade.
Caso tenha problemas cardíacos, leia o livro bem devagar, pois a intensidade da história vai aumentando à medida que se vai lendo e leva-nos a participar ativamente dos acontecimentos,

Posologia:
                Leia o livro no máximo 3 horas por dia, podendo ser alargado o horário aos fins-de-semana e apenas leia o livro se não estiver cansado, pois esta aventura implica um enorme gasto de energia.

Dose de leitura:
“Diante dos olhos de Tex Amadilho e dos guerreiros azuis estava o Dragão de Ouro em todo o seu esplendor: corpo de leão, patas com grandes garras, cauda enrolada de réptil, asas emplumadas, uma cabeça de aspecto feroz, com quatro cornos, olhos protuberantes e fauces abertas, revelando uma fila dupla de dentes afiados e uma língua bifurcada de serpente. A estátua de ouro puro, media mais de um metro de comprimentos e outro tanto de altura. O trabalho de ourivesaria era delicado e perfeito: em cada escama do corpo e cauda brilhava uma pedra preciosa; as penas das asas terminavam em diamantes; a cauda tinha um desenho complicado de pérolas e esmeraldas; os dentes eram de marfim e os olhos dois rubis-estrela perfeitos, cada um deles do tamanho de um ovo de pomba. O animal mitológico estava sobre uma pedra negra, no centro da qual espreitava um pedaço de quartzo amarelado.” (Página 197).


Pedro Barbeiro, 11ºA

Receita de leitura... "O Bosque dos Pigmeus"

Composição: Alexander Cold e Nadia Santos decidem acompanhar a avó Kate numa das suas viagens  para a revista International Geographic. Não é todos os dias que aparece a oportunidade de fazer um safari em África. Quando chega o momento de abandonar o continente africano, estando a avó Kate e os netos a preparar-se para embarcar no avião que os levaria até ao aeroporto, encontram um missionário espanhol que lhes pede ajuda para procurar dois amigos que estão numa aldeia no meio da selva e dos quais já não notícias há meses. O grupo decide então ajudar o padre espanhol e viaja rumo a Ngoubé; na aterragem na floresta, o avião fica danificado e não têm alternativa senão esperar que alguém os ajude a sair dali. Foi quando se depararam com um bosque habitado por pigmeus. Continuaram em busca dos dois missionários desaparecidos e instalaram-se numa aldeia onde o rei Kosongo explorava pigmeus para enriquecer com o contrabando de escravos.

Indicações: Este livro foi escrito especialmente, para um público jovem, apesar de ser um livro muito interessante para qualquer adulto que goste de ler um bom livro de aventuras, peripécias e surpresas. Este livro também é muito bom no que diz respeito ao apelo à amizade, à união, à solidariedade e ao respeito pelo outro. Se gosta de sentir as emoções através daquilo que o autor escreve e se gosta de “fazer parte das personagens” em histórias empolgantes como esta, apresento-lhe o livro à sua “medida”.
Precauções: A história deste livro tem a fantástica capacidade de ficar na mente de qualquer leitor e a maneira como o autor descreve cada acontecimento faz qualquer pessoa viver intensamente esta história. A emoção e o espírito de aventura presentes nesta história fazem com que o leitor sinta como seu cada um desses momentos. Durante toda a leitura deste livro são poucas as precauções que são necessárias tomar, pois é acessivel a todos e não tem episódios que possam ferir ou marcar a sensibilidade de cada um.
Posologia: Esta obra pode ser tomada em variadas doses dependo principalmente da opinião e do gosto pela leitura de cada indivíduo. Sendo um livro direcionado a um público jovem, não tem episódios traumatizantes, podendo assim ser lido de uma só vez, se nisso fizer gosto o leitor. Num livro como este, cheio de peripécias, aventuras e surpresas, às vezes é complicada a leitura pausada da história porque nos deixa sempre curiosos sobre o que poderá acontecer em seguida.
Dose de leitura: “Os festejos começaram por volta das cinco da tarde, quando o calor diminuiu um pouco. Entre a população   de Ngoubé reinava um clima de grande tensão. A mãe de Nzé tinha posto a correr entre os bantos que Nana-Asante, a rainha legítima, chorada pelo seu povo, estava viva. Espalhou também que os estrangeiros pensavam ajudar a rainha e recuperar o trono e que essa seria a única oportunidade que teria para se livrarem de Kosongo e de Mbembelé. Até quando iriam permitir que recrutassem os seus filhos para os transformar em assassinos? Viviam vigiados e sem liberdade para se moverem ou pensarem, cada vez mais pobres. Kosongo levava tudo o que produziam; enquanto ele acumulava ouro, diamantes e marfim, a restante população não dispunha nem de vacinas. A mulher falou discretamente com as filhas, estas com as amigas e, em menos de uma hora, a maior parte dos adultos partilhavam a mesma inquietação. Não se atreveram a contar com a participação dos guardas, mesmo que estes fossem membros das suas próprias familías, porque não sabiam como iriam reagir. Mbembelé fizera-lhes uma lavagem ao cérebro e mantinha-os dominado.” 
Paulo Faria, 11.º A